O desenvolvimento de softwares para o agronegócio, como inteligência artificial, big data e ferramentas digitais. Beneficiam os agricultores no Brasil.
A população mundial deve atingir 10 bilhões de pessoas em 2050. Mas como alimentar tanta gente? Um dos desafios é o desenvolvimento de inovações tecnológicas no agronegócio, que permitam aumentar a produtividade e a rentabilidade no campo.
Nesse cenário, o Brasil tende a manter seu papel de protagonista. Atualmente o país ocupa o quarto lugar no ranking mundial de exportação de produtos agropecuários. Contudo, o desempenho brasileiro na área deve melhorar, com a chegada de novas tecnologias no campo.
Dentre as inovações tecnológicas que, aos poucos, revolucionam o trabalho do produtor rural. Podemos destacar a agricultura de precisão, o blockchain, a inteligência artificial e as ferramentas digitais.
O desenvolvimento de softwares e aplicações para o agronegócio
A agricultura é um setor essencial que abastece as prateleiras dos supermercados. Contudo, de acordo com levantamento do Banco Mundial, quais são as estratégias de governos, das empresas e da sociedade para alimentar tanta gente?
Portanto, para a superar este desafio, uma das principais medidas é o desenvolvimento de softwares para o agronegócio. Que permitam alavancar a produtividade no campo, como o solo e a água.
Um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Mostra que os novos modelos de gestão no campo, são fundamentais para que seja possível chegar à metade deste século com produção agrícola suficiente. Isto é, com mais sustentabilidade do campo.
Neste artigo você vai conhecer as principais tecnologias no agronegócio e as tendências que vão desenhar a agricultura contemporânea. Assim, transformar a maneira como as próximas gerações praticam a agricultura.
A participação do Brasil no cenário de inovações tecnológicas no agronegócio
O Brasil é um dos expoentes no agronegócio. Isso porque o setor é um dos alicerces da economia do país. Aliás, em 2020, o PIB do agronegócio representou 26,6% da riqueza gerada internamente. O que representa uma movimentação de quase R$ 3 trilhões até 2029.
Atualmente, o Brasil ocupa o quarto lugar do ranking mundial de exportação de produtos agropecuários. Ficando atrás apenas da União Europeia, dos Estados Unidos e da China. Mas, de acordo com a CNA, o valor de mercado da agroindústria brasileira, chega a quase US$ 97 bilhões.
As instituições de pesquisa, como a Embrapa e as universidades brasileiras são referência mundial em agropecuária. Além disso, os nossos pesquisadores são referência global em diferentes temas. O que comprova que estamos na vanguarda da transformação e da tecnologia no agronegócio.
Por isso, o Brasil se destaca no desenvolvimento de inovação para a agricultura. Apenas no estado de São Paulo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento estima que cerca de 150 inovações tecnológicas, serão disponibilizadas ao setor até o fim de 2022.
Afinal, as tecnologias desenvolvidas são fundamentais para o desenvolvimento do agronegócio do futuro. Elas ajudam os produtores a conhecer melhor o impacto de diferentes fatores na safra, o que facilita o monitoramento e melhora os resultados da lavoura.
Vamos conferir, a seguir, algumas inovações tecnológicas no agronegócio e como podem melhorar a produção e a rentabilidade agrícola.
A Agricultura de Precisão (AP)
A Agricultura de Precisão, abrange as diversas tecnologias que visam a otimizar as operações realizadas na lavoura. Isso porque, permite compreender as necessidades e variabilidades de cada ponto do talhão, isto é, realizar manejos sob medida na área.
Assim, o produtor adota as melhores práticas, utiliza os insumos corretos e na dose precisa em cada ponto da lavoura. Aliás, ao oferecer exatamente o que a planta precisa, a produtividade cresce com a economia de insumos.
Portanto, o produtor toma decisões que maximizem a sua produção e de forma sustentável.
Para isso, é possível usar diferentes ferramentas, como por exemplo. O piloto automático; a semeadora em taxa variável; as distribuidoras de fertilizantes; a barra de luz; os sensores e etc.
A adoção da agricultura de precisão, fica mais simples com o uso de softwares. Assim, permitindo o agricultor registrar os dados de todas as operações realizadas dentro do sistema de produção.
Continuando, a pesquisa da Market & Markets destaca os diferenciais da AP. O que deve movimentar US$ 12,8 bilhões até 2025 no mundo.
A Agricultura digital
O produtor também tem à disposição diferentes ferramentas digitais, que permitem a análise desses dados que são gerados nas operações. Que são realizadas em diferentes momentos da lavoura, como o plantio, a adubação, a pulverização e a colheita.
Onde, esses dados são gerados por satélites, drones, sensores e câmeras digitais. Logo depois, são analisados por plataformas digitais. Dessa forma, o agricultor obtém os relatórios, as imagens e os mapas sobre os talhões da lavoura e as diferentes operações.
Assim, o produtor toma as decisões assertivas ao longo da safra embasado em dados. Como os melhores híbridos/variedades e a população ideal de sementes para plantar em cada talhão. Continuando, a janela de plantio ideal, a quantidade de insumos que deve comprar para o ciclo, as áreas que exigem maior aplicação de fertilizantes etc.
No mercado, existem diferentes empresas desenvolvem softwares. Para ausiliar o produtor a entender melhor a lavoura e a potencializar os seus resultados, como a Crosoften.
O Blockchain na agricultura
O blockchain é um dos mais fascinantes tipos de tecnologia no agronegócio. Entretanto, o software ainda é recente no campo, aliás, ele permite compartilhar os dados sobre a lavoura com agências de certificação, que comprovam cada etapa da produção.
O blockchain ajuda a rastrear todos os momentos da safra, do preparo do solo à colheita, o que garante maior sustentabilidade à cadeia. Além de gerar diversos dados, que são analisados pelo o produtor a fim de melhorar os diferentes processos.
Exemplo são os relatórios da análise de produtividade de cada talhão. Que permitem entender o que aconteceu em cada área, por meio de mapas em alta resolução disponíveis na plataforma.
A Inteligência Artificial na agricultura
Amplamente utilizada em diversas indústrias, a Inteligência Artificial ganhou espaço no agronegócio. Essa tecnologia permite que máquinas “raciocinem como humanos”, porém permite que isso seja feito em larga escala e com alta precisão.
A IA tem várias aplicações, como analisar a capacidade produtiva de determinada cultura, controlar as pragas, monitorar a lavoura e entre outros usos. Aliás, a tendência é que surjam cada vez mais oportunidades de uso da Inteligência Artificial no campo.
A irrigação é um exemplo de aplicação dessa inovação tecnológica no agronegócio. A IA é treinada para gerenciar a operação, possibilitando calcular a quantidade de água, para reduzir o consumo do recurso hídrico.
A Internet das Coisas (IoT)
Por meio do uso de sensores, softwares e outras tecnologias. A IoT é uma rede que amplia a conectividade, tem como o objetivo de conectar e trocar os dados entre diferentes dispositivos.
Cada vez mais aplicada em outras atividades, na agricultura, permite o acesso e a troca de informações de maneira simples e ágil. A fim de possibilitar a introdução de inúmeras outras tecnologias à agricultura.
Como escolher o melhor software para a lavoura?
As inovações tecnológicas como essas têm proporcionado ao agronegócio maiores condições para o planejamento. O desenvolvimento das operações, o aumento da produtividade e a redução dos custos.
O produtor deve aproveitar as diferentes tecnologias que tem à disposição – e as opções são cada vez mais numerosas! Assim, aplicar na sua lavoura, buscando alavancar a produtividade e a rentabilidade.
Mas não basta adotar a tecnologia que já vai colher os resultados do investimento. É necessário conhecer as diferentes tecnologias e experimentá-las para verificar quais se encaixam à sua realidade.
É possível que precise fazer uma adaptação, para associar as diferentes ferramentas para extrair os melhores resultados. Para fazer essa análise, o produtor deve levar em conta alguns fatores, como: a necessidade da tecnologia, a usabilidade, a segurança, a flexibilidade, a interoperabilidade, a inovação e custo.