Com as novas tecnologias e a evolução da indústria para 4.0. Algumas profissões podem desaparecer, devido a otimização de algumas tarefas que não precisam mais de esforço humano, dando espaço a novas. Esses afazeres que costumam levar horas para serem concluídas, em poucos minutos são executadas com a Inteligência Artificial.
Exemplo disto são as compras em supermercados, que antes exigia espera e dependendo da fila o atendimento é demorado. Hoje, ficou mais fácil fazer as compras usando o self-checkout. Você faz as compras, com o smartphone faz o escaneamento, paga pelos produtos pelo banco digital e vai embora.
Agora, um estudo desenvolvido pelo Laboratório de Aprendizado de Máquina em Finanças e Organizações da Universidade de Brasília (UnB), cerca de 54% dos empregos formais estão em risco no Brasil. O estudo mostra que 30 milhões de vagas com carteira assinada seriam fechadas até 2026 se todas as empresas do país decidirem substituir trabalhadores humanos pela tecnologia já disponível.
Com isto, profissões como telemarketing, caixas de bancos, atendimentos, vigilantes, assistentes administrativos, entre outros que trabalham diretamente com o público. Podem extinguir com a transição tecnológica, onde as máquinas farão os serviços de acordo com as tomadas de decisões que a inteligência artificial filtra para executar as funções.
Mas é importante ressaltar que a maioria dos especialistas também afirma que à medida em que algumas profissões desaparecem, outras novas áreas são criadas. Entretanto, a transição tecnológica é positiva, caso as empresas e profissionais estejam dispostos a se atualizarem para se qualificarem em novas vagas que nascerão nas próximas décadas.
No Brasil, o cenário é desafiador para o trabalhador e empresas. Além de enfrentar oscilações na economia depois da pior recessão da história financeira do país, ainda corre o risco de se tornarem obsoletos até 2030.
Profissões do futuro
O mercado de trabalho caminha para a era da convergência entre mundo físico e virtual. As profissões que estão surgindo são as que vão alavancar ou ajudar a construir essas ideias. A ideia não é substituir totalmente mãos humanos por máquinas super inteligentes, muito pelo contrário.
As máquinas para terem automação total das tarefas a serem executadas, precisam da consciência humana, como criatividade, comunicação e colaboração. Assim, criarem comunidades e conexões que se tornarão essenciais para a evolução profissional.
Vale a pena lembrar que algumas profissões já existentes, ganharam forças para auxiliar nesta mudança em um mundo de conexão.
É perceptível o crescimento na procura de profissionais como antropólogos, engenheiros em geral, comunicação social e inclusive psicólogos para entender como as pessoas estão se comportando com o avanço da tecnologia.
Um exemplo disto, são as empresas que desenvolvem carros autônomos. As indústrias automotivas estão contratando antropólogos, psicólogos e até mesmo profissionais de marketing especializados em UX – Experiência do Usuário. Para entender como as pessoas reagem dentro de carros com inteligência artificial.
A substituição das profissões provocado pela tecnologia já não novidade em alguns setores. Infelizmente os processos transicionais são lentos e desiguais. Dependendo da cultura sócio econômica de um país e ou empresa.
Neste ponto de vista, a sociedade deve conscientizar que também é necessário ter sede de ir em busca de qualificação, entender como é importante aprender de forma acelerada para trabalhar com tecnologias avançadas e que esta nova cultura estará conectada para sempre.
Muitas tecnologias já estão presentes, mas não são acessíveis para empresas e indivíduos. Economicamente afirmando, para que profissionais ainda possam se manter no emprego por alguns anos, é necessário que os governos federais deem credibilidade na educação, investimentos na ciência e melhor distribuição de renda para que as pessoas possam se qualificar em novas áreas.